Ambiente alfabetizador em escola
gaúcha nos anos 1980: Emilia Ferreiro
inspira políticas oficiais.
Idéias que o Brasil adotou
As pesquisas de Emilia Ferreiro e o termo construtivismo começaram a
ser divulgados no Brasil no início da década de 1980. As informações
chegaram primeiro ao ambiente de congressos e simpósios de educadores. O
livro-chave de Emilia, Psicogênese da Língua Escrita, saiu em edição
brasileira em 1984. As descobertas que ele apresenta tornaram-se assunto
obrigatório nos meios pedagógicos e se espalharam pelo Brasil com
rapidez, a ponto de a própria autora manifestar sua preocupação quanto à
forma como o construtivismo estava sendo encarado e transposto para a
sala de aula. Mas o construtivismo mostrou sua influência duradoura ao
ser adotado pelas políticas oficiais de vários estados brasileiros. Uma
das experiências mais abrangentes se deu no Rio Grande do Sul, onde a
Secretaria Estadual de Educação criou um Laboratório de Alfabetização
inspirado nas descobertas de Emilia Ferreiro. Hoje o construtivismo é a
fonte da qual derivam várias das diretrizes oficiais do Ministério da
Educação. Segundo afirma a educadora Telma Weisz na apresentação de uma
das reedições de Psicogênese da Língua Escrita, "a mudança da
compreensão do processo pelo qual se aprende a ler e a escrever afetou
todo o ensino da língua", produzindo "experimentação pedagógica
suficiente para construir, a partir dela, uma didática".
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